"Eu
aprendi que se preocupar demais com as pessoas, faz com que se preocupe menos
com você mesma.
Negligenciei
a mim mesma por muito tempo.
Eu
aprendia a lutar contra a depressão sem ajuda de remédios, usando a Fé e o amor
próprio que descobri que existia, mas eu havia renegado por muito tempo.
Mas
continuo lutando.
Eu
descobri que nunca amei nenhum dos caras com que me relacionei.
Mas
amei demais pessoas que considerava amigos.
Muitos
se afastaram. Alguns ainda amo.
Eu
entendi que amor é um substantivo. O amor precisa ser designado, precisa de um
nome. E dentre tantos por quem me apaixonei, hoje sei que nenhum deles eu amei.
Eu
percebi que muitas pessoas sumiram quando me afastei. Mas nunca perguntaram ou
se preocuparam do por que do meu afastamento.
Mas
o efeito foi positivo. Para mim.
Eu
aprendi que a frase “só te procura quem gosta de você” é verdadeira. Percebi
que poucos sentiram minha falta.
Já
eu, não senti falta de quase ninguém.
Eu
aprendi que o tempo e o isolamento foram uma terapia e reconhecimento de mim
mesma, do mundo em que eu vivo e principalmente das pessoas que me cercavam e
me cercam.
Antes
só, do que mal compreendida.
Eu
percebi que sempre fui uma boa ouvinte, sempre tive uma boa percepção do
sofrimento alheio, e por isso nunca deixei de procurar por ninguém, mesmo
insistindo. Mas no momento em que tive a necessidade de ser ouvida, não houve
ninguém.
Ninguém
insistiu por mim.
Eu
descobri que posso dizer não e isso não me dói mais. Dizer não, não é uma coisa
ruim. É necessário.
Eu
notei que os nossos valores mudam com o passar dos anos. Que os amigos mudam
com os passar dos anos. E que eu mudei com o passar dos danos.
Estou
mais forte que o ano passado. E mais consciente do que nunca.
Eu
aprendi que tudo aquilo que parece ruim, é necessário. Porque te fortalece, te
endurece, mas não apaga sua sensibilidade. Apenas te deixa mais racional.
Posso
andar vestida e armada, mas nunca desamparada.
Dois
mil e quinze foi um ano difícil, de muita luta e dificuldades, no qual agradeço
por cada uma. Tudo que vivi, aprendi, descobri, nunca foi tão necessário.
Ainda
estou caminhando, aprendendo, mas, de uma coisa eu tenho certeza, já não sou
mais a mesma.
“... Caminhar para a próxima etapa ou recebê-la com os passos prontos.
No fundo, a gente quer ser feliz apesar de tudo. Mas sempre é preciso partir: para ou de algum ponto.”
No fundo, a gente quer ser feliz apesar de tudo. Mas sempre é preciso partir: para ou de algum ponto.”
(Marla de Queiroz)